domingo, 5 de maio de 2013

A Pirâmide Vermelha

Olá, leitores.
Passei um tempinho sem postar, desculpem, mas o verdadeiro motivo é que estive muito ocupada com o meu aniversário, e também decidindo que livros vou comprar no meu aniversário. Assim que recebê-los, posto a relação aqui para vocês.
Bem, o livro que vou contar-lhes hoje, pelo menos para mim, é um livro relativamente antigo, mas atual ao mesmo tempo. Muitas pessoas, quando o leem, não dão muita importância, e alguns até mesmo desistem no meio, mas o meu conselho para essa obra é: não pare no meio.
Não que o livro seja cansativo, ou ruim, ele é simplesmente detalhista. Como já disse antes, gosto muito de livros detalhistas e que ensinam algo de outras culturas para gente, como o livro A Maldição do Tigre, que já resumi, e conta uma boa parte da cultura indiana.
O livro de hoje chama-se A Pirâmide Vermelha, e, ao invés da indiana, ele nos traz uma forte parcela da cultura egípcia, a qual, admito, aprecio muito. Desde a primeira página percebemos que o livro demonstra uma forte bagagem cultural, mas muitos, quando começam a leitura, pensam que será um livro egípcio tedioso, como O Filho da Luz, de Christian Jacq, por exemplo. Mas não, como leitora dos dois, fica avisado que ambos não tem relação alguma um com o outro, apenas pelo fato de terem como base o Egito.
Muito bem, como eu disse antes, o livro é relativamente antigo, mas não no ponto de vista de época de lançamento, já que é uma obra do mesmo escritor da famosa série Percy Jackson, Rick Riordan. O livro é antigo pelo fato de citar fatos altamente desconhecidos sobre o passado das civilizações, além de ter uma escrita interessante.
A Pirâmide Vermelha não é um livro que se possa definir por tipo de formalidade, já é escrito na primeira pessoa por dois personagens diferentes, fato que achei muito interessante, pois, como todo mundo, escolhi o personagem que mais gostei e ficava ansiosa para ler as suas partes.
A Pirâmide Vermelha não é um livro muito grande, constitui-se em 445 páginas de pura aventura e mistérios que não foram descobertos, abrindo um grande espaço de curiosidade para o segundo exemplar, já lançado no Brasil, chama-se O Trono de Fogo.
Admito, comprei o livro quando ele lançou por ser uma grande fã de Percy Jackson, e não me decepcionei, na verdade, gostei mais desta série ( chamada As Crônicas dos Kane), do que da do Percy.
Como na imagem abaixo, a capa é muito interessante, então, mesmo que você nunca tenha lido outras obras do autor, sei que não vai haver decepção por parte dessa obra, pois não existe co-relação entre os dois escritos. A capa é altamente ilustrativa, com cores fortes e várias sequências diferentes de imagem, que, quando se encerra a leitura, é quase inevitável olhar para a capa novamente e buscar partes da história nela. A própria capa conta um livro.

Bem, vamos ao resumo.
O livro é contado por dois personagens, os irmãos de 14 e 12 anos, respectivamente, Carter e Sadie. Mesmo sendo irmãos, ambos não tem semelhança nenhuma, Sadie é loira e Carter, afro-americano, sequer moram na mesma casa, nem mesmo no mesmo país, desde a morte da mãe de ambos, Sadie morava com os avós maternos, e Carter com o pai, um egiptólogo famoso.
As crianças só podiam se encontrar duas vezes por ano, e, em um desses encontros, o pai os leva para visitar um museu em Londres, com a promessa de que tudo voltaria a ser como antes. Mas um acidente fatal no museu interrompe a vida dos pais e liberta uma presença horrível no mundo humano, e logo Carter e Sadie se veem órfãos, sem mais ninguém no mundo, até que um homem que diz ser o tio de ambos, leva-os para os Estados Unidos.
Amós, como se descobre ser o nome dele, conta para as crianças que ambos são magos, feiticeiros da Casa da Vida, uma organização existente desde o Antigo Egito, onde todos aqueles com sangue de faraós lutava contra os deuses egípcios, que, mesmo inacreditavelmente, existiam no mundo real. Eles descobrem que o pai, mesmo sem intenções, libertara os deuses egípcios com o acidente no museu, e Set, o mais poderoso de todos, sonha em destruir o mundo.
Vendo-se obrigados a aprender magia das formas mais rápidas possíveis, ambos embarcam em uma jornada para destruir os planos de Set e restaurar a vida do pai, mas o que eles não sabiam era que muitos segredos ainda existiam, segredos que vão aparecendo de pouco em pouco, e mudando completamente a vida dos dois.

"- Ah, não - falei, sentindo o pânico dominar meu peito. - Não, não, não. Alguém me traga um abridor de latas. Tem um deus na minha cabeça. " - Carter Kane

Carter descobre que está hospedando o antigo deus egípcio Hórus, conhecido também como Deus Falcão, enquanto sua irmã hospeda a Deusa Ísis, deusa da magia. Os dois precisam aprender a controlar os deuses em sua cabeça antes que seja tarde demais, e além de destruir Set, eles precisam aprender a usar o poder dos deuses sem destruir a eles mesmos.

"...- Odeio esse plano - Resmungou Sadie.
- Trate de mantê-la ocupada por mais alguns segundos. - eu disse - E não morra"

Como já disse, gostei muito do livro, como gosto muito de todos os livros de Rick Riordan. Ele tem o dom de descrever o personagem tão bem de modo que você acha que ele realmente existe, e interage com o leitor de modo que você pensa que é um dos personagens do livro. Admito, quando terminei de ler, pensei por muitos dias se eu não seria também uma maga, pois mesmo sendo pura ficção, ele dá uma veracidade tão grande aos seus textos que a leitura torna-se mais impressionante e difícil de esquecer.

"... - Essa é a parte mais difícil, não é?
- Um - contei - Dois, três...
Sadie apareceu em um espaço aberto e gritou o seu feitiço preferido.
- Ha-di!
Os hieróglifos brilharam no alto da cabeça de Sekhmet. E tudo em volta dela explodiu... Foi muito impressionante, mas eu não tinha tempo para admirar o trabalho de Sadie. Transformei-me em um falcão e me atirei na direção dos tanques de salsa"

Além de ficção e aventura, Riordan inseriu no texto uma dose de humor, principalmente pelas passagens de Sadie, admito, minha personagem preferida, romance, cultura, além de outros valores, muito bem descritos e exemplificados.

"Estávamos sozinhos em uma mansão estranha, com um babuíno, um crocodilo e uma gata sinistra. E aparentemente, o mundo todo corria perigo.
Eu olhei para Sadie.
- O que fazemos agora?
Ela cruzou os braços.
- Bom, é evidente, não? Vamos explorar a biblioteca"

Recomendo o livro para qualquer um, a leitura é fácil, agradável e nos traz, de modo gostoso, uma nova bagagem de cultura egípcia que já me foi muito útil em outros aspectos, como debates e trabalhos escolares.

"- Espere! - gritou Carter -Você não pode simplesmente...
- Irmão querido. - comecei - sua alma deixou seu corpo outra vez enquanto Amós estava falando ou você ouviu o que ele disse? Os deuses egípcios são reais. Lorde Vermelho é mau. O aniversário do Lorde Vermelho, muito em breve, muito ruim. A Casa da Vida: velhos magos encrenqueiros que odeiam nossa família porque papai foi meio rebelde, e a propósito, você podia aprender algumas lições com ele. Assim, sobramos apenas nós, com um pai desaparecido, um deus mau prestes a destruir o mundo e um tio que acabou de pular do alto do prédio onde estamos e não posso culpá-lo por isso - Parei para respirar [ Sim Carter, eu preciso respirar de vez em quando] - Esqueci alguma coisa? Ah, sim, também tenho um irmão supostamente poderoso, de uma linhagem de sangue muito antiga, blá-blá-blá, etc. mas que tem muito medo de visitar uma biblioteca. E então, você vem comigo ou não?"

Além de personagens fantásticos, enredo envolvente e linguagem gostosa, o livro conta com muitos outros aspectos que rendem a leitura, tornando-o desejável e muito bom de ler.

" Carter me estudou, cético. 
- Aqueles hieróglifos que você criou eram dourados. Os que papai e Amós criaram eram azuis. Por quê? 
- Talvez cada um tenha sua própria cor. - sugeri. - A sua pode ser pink.
- Engraçadinha.
- Vamos lá, mago pink - chamei - Vamos entrar."

Então é isso leitores, A Pirâmide Vermelha, de Rick Riordan, é o livro de hoje.
E como diz Carter, "Venha para o Brooklyn. Estamos esperando".
Esse eu já li, e aprovei.

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