Olá, leitores.
Pouco mais de um século que eu não posto, não é mesmo? Sim, eu tinha desistido da ideia do blog, mas hoje, por algum motivo não intencional, estava procurando por alguma resenha interessante para usar em um trabalho da escola, e senti vontade de voltar a escrever aqui, então lá vamos nós.
Para quem já acompanhava o blog, há alguns meses eu postei a resenha de Delírio, da autora Lauren Oliver, e há algum tempo eu comprei sua continuação, Pandemônio, disponível pela editora Intrínseca, mas não havia começado a ler ainda, até que minha mãe, outra fã assumida da saga, pegou o livro no meu quarto.
Pandemônio, se não melhor, é tão bom quanto seu antecessor, fazendo jus ao legado que Oliver deixa em sua carreira. Não escondo de ninguém que sou completamente apaixonada pela saga, desde que comprei o primeiro, e agora espero ansiosamente pela continuação e tradução de Requiém, terceiro e último livro, no Brasil.
Pandemônio segue o mesmo estilo de capa de Delírio, mudando apenas a cor, mas mantendo a imagem entre as letras, o que me fez comprar o livro da outra vez. Sim, eu realmente julgo um livro pela capa, e Delírio foi um dos quais eu comprei porque achei a capa bonita e brilhante.
Descobri Pandemônio pelo acaso, assim que terminei de ler Delírio, em meados de Dezembro (adoro falar "meados de Dezembro", acho muito Natal), entreguei-o para minha mãe, que logo virou uma fã nata do Alex, assim como todos que o leem. Se você não leu Delírio, recomendo ver sua resenha, disponível aqui .
Enfim, quando minha mãe terminou, eu já estava entretida com o segundo livro de Os Heróis do Olimpo, e nem cheguei a pensar na continuação da obra.
Apenas em uma nova compra de livros, em Março ou Abril, resolvi procurar pela continuação, e fiquei surpresa ao ver que estava disponível no Brasil, e comprei imediatamente, mas ainda não a tinha lido até essa semana. Além do incentivo da minha mãe, comecei a ler o livro porque li que Delírio será adaptado para o cinema, com a Emma Roberts interpretando Lena, e isso me lembrou de Pandemônio, na minha estante a mais de seis meses.
Pandemônio dá continuidade a história de Lena, como uma nova refugiada na Selva, local além do alcance da intervenção da deliria, conhecida popularmente como amor, e nesta época futurística, conhecida como uma doença capaz de matar aqueles que a contraem.
Lena, após perder o amor de sua vida, Alex, em uma fuga desesperada para a Selva, onde ele é morto por policiais, vê-se em uma nova realidade, totalmente diferente de sua vida totalmente controlada na cidade de Portland.
Na Selva, Lena conhece Graúna, líder de um dos principais refúgios para fugitivos desabrigados, e em primeiro momento, Lena vê-se devastada demais até mesmo para conversar ou andar alguns passos, com o pensamento fixo em Alex o tempo todo, mas com o passar dos dias e meses, ela acostuma-se a sua nova vida vivendo em meio a floresta com outros desabrigados, em uma busca intermitente por alimento e abrigo.
Com o tempo, Lena é infiltrada na cidade de Manhattan pelos refugiados, que possuíam há muito tempo um plano de tomar as cidades com o controle do deliria. Lena é colocada como uma das agentes, mudando nome e idade, com um único objetivo: nunca tirar os olhos de Julian, o filho do prefeito local.
Em um dos levantes proporcionados por grupos de Saqueadores, que são refugiados interessados em roubar as cidades, Lena é coloca em cativeiro com Julian, que ao descobrir a verdadeira identidade da garota, sente medo dela, acostumado estava a sua vida sem amor, considerando-o como doença.
Mas com o tempo Lena e Julian vão tornando-se mais próximos, compartilhando segredos e planos até o dia em que ambos conseguem fugir, e Lena descobre que está apaixonada por ele, ao mesmo tempo que a culpa a devasta por estar traindo a memória de Alex.
Conseguirá Lena decidir em ficar com Julian, filho de um dos seus maiores inimigos, ou honrar eternamente a memória de seu namorado morto? E poderá ela descobrir cada vez mais sobre sua mãe, que por anos pensou estar morta, mas então descobre que pode ser uma refugiada como ela, habitando a Selva?
Lena terá de escolher entre o amor, que ao mesmo tempo em que a faz cada vez mais dura e forte para lutar por ele, também a devasta por dentro.
"Alex.
Não. Alex está aqui. Você precisa imaginar.
Passo a passo, luto contra abelhas, mosquitos, afasto os galhos grossos e cheios de ramos, atravesso nuvens de pernilongos e bruma que paira no ar (...) Estou apavorada demais para dormir. Se dormir, eu vou morrer.
Não nasço de repente, a nova Lena.
Passo a passo - e depois, centímetro por centímetro.
Engatinho, as entranhas retorcidas, virando pó, a boca cheia de gosto de fumaça.
Unha por unha, como uma minhoca.
É assim que ela vem ao mundo, a nova Lena"
Pandemônio consegue atingir o mesmo grau de curiosidade de Delírio, com um fim bastante questionário e que me deixa cada vez mais ansiosa para ler o terceiro livro e descobrir o desfecho da história. A cada página minha dúvida paira no ar, de qual dos dois garotos devo gostar mais, e Lena no meio, divida por tipos diferentes de amor verdadeiro.
Adoro o jeito como Oliver escreve, como consegue transmitir todos os tipos de sentimentos pelas mais simples palavras, e Pandemônio me fez rir, me apaixonar, chorar e pedir a cada segundo por mais, aquele tipo de livro que você quer descobrir o fim mas também quer que nunca acabe.
"E Julian está comigo. E eu o encontrei, e ele me seguiu. Estico o braço na penumbra, em silêncio, e encontro suas mãos (...) Obrigado, ele está dizendo, e estou respondendo. Estou tão feliz, tão feliz. Eu precisava que você ficasse bem. Espero que ele entenda."
Pandemônio, assim como Delírio, recomendo a todos que estiverem procurando por uma história instigante, romântica e simplesmente fantástica. Não é o tipo de livro que você esquece rapidamente. Esse eu já li, e amei.